O assunto
da guerra virtual tem aparecido aqui e ali com determinada frequência.
São países se acusando de ataques do gênero e outras nações investindo milhões para se manterem protegidas
contra esses perigos.
Aparentemente preocupada com essa bagunça, uma comissão
da OTAN resolveu preparar uma série de regras para reger um possível estado de guerra virtual.
No
documento criado, hackers que causarem danos físicos, fatais ou não, a outras
pessoas ou destruírem propriedade privada ou pública podem sofrer
contra-ataques realizados com armas tradicionais. Ou seja, seria permitido
matar quem estiver por trás do computador cometendo crimes — isso durante uma
“guerra”.
Além
disso, a comissão também especifica algumas regras para governos responderem a
ataques virtuais. Assim, não é permitido realizar ofensivas contra usinas
nucleares ou hospitais, por exemplo, a fim de evitar massacres de civis.
Leis da guerra
Fora
isso, para um país responder a um ataque virtual com força de verdade, é
preciso que haja provas concretas da procedência das ofensivas sofridas através
da rede. Ou seja, deve ser provado o envolvimento de um governo legítimo para
que uma guerra possa ser “legal”.
A
tentativa de regulamentar estados de guerra não é novidade. Desde os tempos
antigos, sempre houve uma preocupação mínima com batalhas “honrosas”. Depois
das guerras mundiais modernas, tratados internacionais já impedem que minas
terrestres sejam usadas em qualquer circunstância ou que prisioneiros de guerra
sejam maltratados, por exemplo.
Esse
documento elaborado pela comissão da OTAN não é legítimo em lugar algum do
mundo, e nenhum país concordou em cumprir as determinações até agora. Ainda
assim, acredita-se que os países membros dessa cúpula — exclusiva para nações
norte-americanas e europeias banhadas pelo Atlântico — não demorem muito a
começar a aderir ao projeto.
Fonte: Baixaki, CCDCOE